24 de abr. de 2011

ré ci fe



....ahhh dessa terra onde a cultura floresce, d`onde o forro desce o pé de serra e a alegria permanece!  Que bom voltar...Viajar na poesia de cordel, lembrar as histórias de mestre Salu e as cores do Maracatu....Dá volta e sanfoneiro dá o tom, faz bagunça nesse xote, onde os pares se encontram,  num troca passo dançante....Brinca, vem brincante, vem bricarte, António Nóbrega e sua mais pura arte....e faz a gente sorrir e se soltar.....e na roda de cantiga , volta a sonhar! Bolo de rolo, tapioca, caranguejo e patola..... Salve, salve...tô só começando!!


13 de abr. de 2011

on








“(...) Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. ...Ligue sem motivo para alguém que você gosta, leia um livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam que você seja..Cometa bobagens. Ninguém lembra do que é normal."


‎"Imprevisível", in: O Amor Esquece de Começar, Fabricio Carpinejar




10 de abr. de 2011

na reta de um dia cinza



vou guardar a cena: uma tarde cinza nublada com nuances de  um azul claro bonito no céu, sobresaltando como um prenúncio de bons ventos. vento, muito vento... a rua vazia....depois de uma noite feliz, estômago satisfeito, atravessei a rua , cabelo solto, voando....alma lavada, mente saciada, uma esperança no meu ar , uma vontade de encontrar, pensamento distante... um carro chegando devagar se aproximando, como se sentisse o compasso dos meus passos e me olhando de longe, observando, num lapso de segundos, toda uma história. e ali parou sem graça e sem jeito, falou dos meus cabelos e  com um sorriso amarelo disse que na noite passada tinha pensado em mim. já sei que não existe mais. olhei de lado, sorri e continuei a caminhar até desaparecer. eu na curva , ele a reta. e ai começou a chover.......





6 de abr. de 2011

permita





Permita que eu feche os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te.

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.

Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo.

Cecília Meireles