20 de abr. de 2013

16 de abr. de 2013

Para que serve a tempestade?


Esta é uma premissa que deveríamos ter em mente. Ao se lançar ao mar, o marinheiro deve saber aonde chegar, e ele tem isso bem claro. Também sabe o seu propósito ao partir.
Ao encontrar uma tempestade no meio do caminho, suas habilidades vão ser testadas ao limite, e aonde o mar encontrar a sua fraqueza, lá será travado uma batalha. Passado o mau tempo um dia o barco chegará ao porto seguro. Feliz e com um forte sentimento de vitória, o marinheiro olhará para trás e agradecerá ao mar.
Sabemos que bons marinheiros são forjados nos mares tempestuosos, e por saber disso ele reconhece a oportunidade e agradece.
Ele sabe que a tormenta tem um propósito, ele sabe do seu também. Se não fosse o caos, quem daria a ele a referência e a noção do melhor, como ele aprenderia a lidar com o imponderável, como ele poderia dormir no aconchego da sua cama, ou mesmo dar valor a um prato quente de comida.
Em certo momento da vida do navegador, ele para de julgar o mar, o vento forte, a marejada, os cortes nas mãos e as noites mal dormidas. Ele simplesmente aceita tudo, e aprende que cabe a ele buscar seus recursos internos e toda sua experiência para viver a vida entre os elementos. Sem viver o caos, nunca aprenderia sobre o discernimento, e sem o discernimento ele jamais saberia como fazer suas escolhas e assim nunca saberia como tomar uma decisão, e sem tomar decisões, ele jamais chegaria onde ele sabe que tem que chegar.
Navegamos muitas vezes sem rumo, esquecemos onde queremos chegar, e nos negamos a vivenciar todas as experiências, por simplesmente não entendermos a natureza dos acontecimentos. Por isso quando o caos se apresenta nos apressamos em julgar. Julgamos quem nos fere, julgamos o mundo, julgamos os que erram nos julgamos e nos esquecemos de que a dificuldade mora ao lado da superação, pois ela tem a tarefa de nos dar a referência de onde estamos e de onde podemos chegar.
Não existe viagem segura se não sabemos onde queremos chegar.

Beto Pandiani.

 foto: Igor Bely

À bordo de um catamarã sem cabine,  Beto Pandiani e Igor Bely encontram-se agora nesta  nova aventura: cruzar o Atlântico de Capetown a Ilhabela em uma viagem de 28 dias e 3.600 milhas náuticas sem escalas. 




7 de abr. de 2013

tempos em tempos







Vcs são lindas!
Sempre serão e um monte de gente vai concordar.
Podem não dizer... Mas eu digo...
Minha vida seria diferente sem vcs... Por incrível que pareça.
Nosso contato veio pela via da educação, pela escola, pela infância, pelo esporte, pelo teatro, pela fotografia, pelo canto, pela poesia, pelo vento, pelo sol, pela sombra, pelo elogio, pelo castigo, pelo riso, pela cor, pelo suor... Pela vida... Pela paixão... pelo abraço, pelo beijo e pela saliva.
Vimos o mato crescer e vimos ele ser aparado.
A gente sentiu sede, sentimos fome. A gente sentiu medo.
Lanchamos juntos...
A gente se conheceu pelo erro dos outros... Eu disse erro? Então errei... Eles acertaram.
A gente não erra! Que saco! A gente julga... TA vendo? Isso TA errado... Deixa, pra lá, me atrapalhei.
Mas é o seguinte, " O sim é um vacilo do não"
Mas quer oq? Sou engenheiro. Calculo melhor que escrevo.
Sei lá... isso existe, tá aí, tá tudo ai... e é gratuito.
Nao sei oq dizer... Nem porque disse.
Acordei, filosofei, chorei e escrevi.
Pronto... "Falei"
Um beijo.




por Ricardo Guardia