12 de ago. de 2012

a casa do meu Pai...


Não tive a figura física de um pai. Minha vó me conta , que quando era criança chorava nas festas de dia dos pais. Fui crescendo e absorvendo dentro de mim essa falta. Olhava para os pais das minhas amigas,em algumas pintava uma pontinha de inveja, uma vontade de sentir esse tipo de proteção, cuidado e amor... já olhava para outras e ouvia delas: - "que sorte você tem  de não ter pai." Não entendia esse tipo de sorte. Mais tarde, já adulta,  pude reparar o que faz um pai "errado" na vida de um ser humano.
 Não sei se foi sorte ou azar..mas o fato de não ter tido a presença física de  um Pai, fez com que minha vida fosse mais livre e fosse entregue a um outro PAI.
Mas confesso que procurei essa figura masculina em meus relacionamentos. Óbvio, Freud não precisava explicar e  eu só precisava desvencilhar.
Me emociono quando vejo esse relacionamento de Pai e filho, me emociona essa genética do exemplo, da referência...dos primeiros passos....
Sou mãe e sei que fui um pouco pai também , assim como a maioria das mães. Admiro aquelas que fazem o papel dos dois, heroínas no seu mais intimo ser.

PAI deveria ser sinônimo de proteção no dicionário... o Meu é.
Obrigada , Meu PAI.




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