1 de set. de 2011

a arte de poetar-te



A marelinha  que virou poesia

não brinco amarelinha
por brincar
brinco pra encarar
porque quero chegar lá
se vou com os dois pés
é confortável ficar
se pulo com um só
sinto o gosto de voar
das sensações
gosto mesmo é de amar
se vou voando
se vou ficando
o que importa é sempre estar
vou inteira
na brincadeira de jogar
sem essa de amarelar !


Às vezes acho tudo tanta besteira que fico envergonhada em publicar, então rabisco meus papéis sem medo  de errar...Ahh quem me dera ser poeta, justo eu, que amo tanto os devaneios dos poetas...mas cada vez que os leio, mais me atrevo a poetar. Uns dizem pra não entender, outros pra não procurar... Quintana fala que sem poesia não há ar...Neruda lida com o verbo amar...e os grandes filósofos não traduziram essa arte tão vulgar. Hoje lembrei de Baudelaire quando diz: la poesie c'est l'anfance retrouvée ( a poesia é a infância reencontrada). Já minha poesia é meu tormento, é minha história reinventada, que não permite sequer diplomacia. É meio tributo, é melodia, canto dos anjos..simples sinfonia. Minha poesia é gemido de dor, fala de amor, sentido sem explicação e completa desarmonia. Minha poesia nasce do amor fecundo, das veias entranhas, do silêncio da noite, da  fantasia sem constrangimento, é minha parte entretida da arte de ser vivida. Minha poesia pede, chora, reclama, ama, come noites....dorme dias. Ahh minha poesia é livre, é dançante...é meu sorriso gratificante!



"A poesia é mais profunda e filosófica do que a história. "


"É tão impossível traduzir a poesia como é traduzir a música."
(Voltaire)

"É tão fácil ser poeta, e tão difícil ser um homem."
(Charles Bukowski)

"Eu acredito que a poesia tenha sido uma vocação, embora não tenha sido uma vocação desenvolvida conscientemente ou intencionalmente. Minha motivação foi esta: tentar resolver, através de versos, problemas existenciais internos. São problemas de angústia, incompreensão e inadaptação ao mundo."
(Carlos Drummond de Andrade)





Uma canção pra nós

saímos pr'um jazz
nas salas escuras
 pegadas insinuadas
 toques  safados
esperando a entrada
                de um amor aguardado!

caímos no quarto
gozo suado
bocas cravadas
corpos engendrados
um tesão desaforado
             punk rock lascado!

fomos pro choro
um carinho dengoso
menino e menina
praça encantada
canto do desejo
             da  nossa felicidade !

nos perdemos na chuva
e nos achamos em graça, 
na música tocada 
                 na dança da noite Júpiter
sob holofotes e olhares curiosos
               fomos amantes!


misturamos nossas vidas
em cheiros e sono profundo
sonhos e desejos
numa total sintonia
na perfeita harmonia
                  nas partituras envolvidas
do jazz, do choro da praça
em uma hora rock...e outras blues!

Três dias e 1/2.


                   

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