E, contudo, não faltará ao mesmo tempo quem negue a existência
daquilo a que se convencionou chamar o destino. O que está feito, feito
está, o que tem se ser tem muita força e por aí fora. Por outras
palavras, quer queiramos quer não, a nossa existência resume-se a uma
sucessão de instantes passageiros aprisionados entre o «tudo» que ficou
para trás e o «nada» que temos pela frente. Decididamente, neste mundo
não há lugar para as coincidências nem para as probabilidades.
Na verdade, porém, não se pode dizer que entre esses dois pontos de vista exista uma grande diferença. O que se passa - como, de resto, em qualquer confronto de opiniões - é o mesmo que sucede com certos pratos culinários: são conhecidos por nomes diferentes mas, na prática, o resultado não varia.
Na verdade, porém, não se pode dizer que entre esses dois pontos de vista exista uma grande diferença. O que se passa - como, de resto, em qualquer confronto de opiniões - é o mesmo que sucede com certos pratos culinários: são conhecidos por nomes diferentes mas, na prática, o resultado não varia.
Haruki Murakami, "Em Busca do Carneiro Selvagem"
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