A ausência nunca é completa. Vai o outro embora, mas fica dele um
cheiro, uma carícia, um isso qualquer mofando na memória. O tempo ruge
nos telhados, enlouquece as nuvens, e nos soca o rosto. Quando nos
damos conta as cicatrizes estão aqui, servindo de maquiagem. Mesmo
assim o tempo não basta: se a alma se nega, cá estamos, cantando. E o
canto nunca é completo.
by Gracco Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário